*por André Lobo Faro.
Os problemas com abastecimento de água em boa parte do sudeste do país, especialmente na cidade de São Paulo, onde os reservatórios apresentam níveis nunca vistos na história, alertam para a necessidade do consumo e da utilização conscientes deste recurso natural tão necessário para a nossa sobrevivência. O alerta fica ainda maior se pensarmos que o inverno é uma estação tradicionalmente mais seca, ou seja, não dá para contar muito com a ajuda das chuvas para a recuperação destes reservatórios.
E se, em curto prazo, não podemos contar com o clima ou com as medidas tomadas pelas autoridades, como os racionamentos, devemos pensar que em termos de atitude e, principalmente, conscientização, se cada um adotar pequenas mudanças no seu dia a dia, a população pode obter bons resultados e gerar grandes economias. Afinal, pelo que temos presenciado, não só no Brasil, mas em nível global, o futuro sem água já não está mais tão distante quanto pensávamos. Um estudo internacional da ONU revelou que, se o desperdício continuar da maneira como está, 5,5 bilhões de pessoas poderão não ter acesso a água limpa em 2025. E, em 2050, apenas um quarto da população mundial vai dispor de água para satisfazer as suas necessidades básicas. Para mudar esta realidade cada vez mais próxima, é preciso agir agora.
A maior parte da população não faz ideia da quantidade de água desperdiçada em hábitos diários como escovar os dentes, tomar banho, lavar calçadas, jardins e carros. As capitais brasileiras, onde está o maior índice de consumo de água no país, são responsáveis por utilizar 150 litros/habitante ao dia, o que excede em 36% a recomendação da ONU, de 110 litros por dia, segundo pesquisa realizada em 2007 pelo Instituto Socioambiental (ISA).
Um dos pontos que gostaria de destacar é o costume brasileiro ao lavar sua casa. Para se ter uma ideia do tamanho do desperdício, uma mangueira comum de uso residencial, com três quartos de polegada, gasta 600 litros de água a cada trinta minutos, o equivalente a mais de quatro vezes o que uma pessoa deveria consumir por dia.
Soluções alternativas e econômicas podem ser mais simples do que se imagina. No caso da lavagem de calçadas e garagens, por exemplo, os fatores mais alegados para a utilização da mangueira são o cansaço causado pelo trabalho com a vassoura, e o tempo gasto na atividade. Mas para reduzir tempo e esforço a tecnologia já oferece benefícios nas mais diversas áreas e, inclusive, pode auxiliar em atividades domésticas.
Exemplo disso são os sopradores de folhas disponíveis no mercado e que já estão sendo adotados em parques e condomínios residenciais, por exemplo. Estes equipamentos são capazes de reduzir o tempo gasto com a limpeza e, principalmente, substituir a água neste processo. Com alta potência e fácil manuseio, o soprador une inovação tecnológica e respeito ao meio ambiente, sendo ideal para limpeza profissional e residencial. Por seu caráter multifuncional, pode ser aplicado para limpar folhas, poeira e objetos em geral em ambientes abertos.
Os benefícios da redução de consumo de água são muitos. Além da preservação ambiental, você estará contribuindo para o bem-estar das próximas gerações e, também, para a redução das suas contas domésticas. Por isso, sempre é tempo de refletir sobre maneiras úteis de aproveitar com consciência os recursos naturais de nosso país, que possui 12% de toda a água superficial do planeta.
* André Lobo Faro é Diretor Nacional de Vendas e Serviços da Husqvarna, líder global no fornecimento de equipamentos para o manejo de áreas verdes.
Fonte: http://www.husqvarna.com/br/landscape-and-groundcare/news-listing/sempre-e-tempo-de-economizar-agua/